Os fugitivos usaram uma barra de ferro retirada da estrutura da própria cela para escavar um buraco na luminária. Com a abertura do espaço, os presos conseguiram escapar. Os detentos teriam a barra de ferro descascando parte da cela, que já estava comprometida devido à infiltração e à falta de manutenção.
Com o buraco na luminária, os dois chegaram ao shaft, espaço voltado à manutenção do presídio, onde estão máquinas, tubulações e toda a fiação. De lá, a dupla conseguiu alcançar o teto do prédio, onde encontraram ferramentas que estavam sendo usadas em obras no presídio.
Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Deisinho, e são ligados ao Comando Vermelho (CV). Eles estavam cumprindo penas de 74 anos e 81 anos, respectivamente, no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, destinado a abrigar chefes do crime, em Mossoró.
A busca pelos detentos está em andamento e está no oitavo dia. As buscas enfrentam vários desafios, como a presença de animais peçonhentos, chuvas frequentes e buscas em cavernas e matas.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que ainda não há informações sobre a ajuda de agentes penitenciários, funcionários ou pessoas externas na fuga, mas já há consenso de que houve falha na inspeção.
As investigações continuam em andamento para esclarecer todos os detalhes da fuga e garantir a recaptura dos detentos. Além disso, medidas adicionais de reforço na segurança do presídio de Mossoró estão sendo planejadas para evitar futuras fugas. A busca pelos fugitivos continua com o empenho integrado de todas as forças de segurança federais e estaduais, contando com a participação de aproximadamente 500 envolvidos e o uso de helicópteros na região. O ministro autorizou o emprego de mais 100 homens, da Força Nacional, nas buscas, garantindo um esforço conjunto para a recaptura dos presos. A Polícia Militar de Pernambuco também está atuando nas operações de busca.
