Desmatamento na Amazônia cai 60% em janeiro, mas ainda equivale a mais de 250 campos de futebol por dia

A notícia de que o desmatamento na floresta amazônica caiu 60% em janeiro deste ano, conforme monitoramento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), é um sinal positivo em meio à preocupante situação ambiental no Brasil. Segundo os dados do Instituto, a área desmatada em janeiro de 2024 foi de 79 quilômetros quadrados, significativamente inferior à área derrubada no mesmo período de 2023, que chegou a 198 km².

Essa redução é significativa e impactante, representando o décimo mês consecutivo de diminuição do desmatamento na região. No entanto, mesmo com essa queda, a área desmatada ainda equivale a mais de 250 campos de futebol por dia, demonstrando a magnitude do problema ambiental que o país enfrenta.

Para a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim, a redução do desmatamento é um passo importante, mas o Brasil ainda precisa adotar medidas mais eficazes para alcançar a meta de desmatamento zero até 2030. Ela enfatiza a necessidade de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, ampliar a fiscalização ambiental e criar áreas protegidas de floresta.

Além disso, o monitoramento por imagens de satélite identificou os estados que mais desmataram em janeiro, com Roraima liderando o ranking, sendo responsável por 40% da área derrubada da Amazônia Legal. Entretanto, é importante notar que, mesmo liderando o ranking, Roraima registrou uma redução na área desmatada em comparação ao ano anterior.

Outros dados revelam que seis estados da Amazônia Legal registraram queda na destruição da floresta, incluindo Mato Grosso, Pará, Rondônia, Amazonas e Maranhão. Além disso, seis das dez terras indígenas mais desmatadas em janeiro ficam em Roraima, enquanto Pará e Amazonas são os estados que concentram o maior número de unidades de conservação entre as dez mais desmatadas no mês.

Em resumo, a redução do desmatamento na Amazônia é um ponto positivo, mas o Brasil ainda enfrenta desafios significativos na preservação de sua biodiversidade e na mitigação das mudanças climáticas. A necessidade de medidas urgentes e eficazes para proteger a floresta amazônica e suas comunidades indígenas é evidente.

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