Criado originalmente em 1999 em resposta às crises financeiras do fim dos anos 1990, o G20 reúne as 19 maiores economias do mundo, a União Europeia e, a partir de agora, a União Africana. O grupo é responsável por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população mundial. Inicialmente, o G20 se concentrava em questões macroeconômicas, mas ao longo do tempo expandiu sua agenda para temas como desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, mudanças climáticas, transição energética e combate à corrupção.
A Cúpula do G20 realiza reuniões anuais com os líderes de Estado de cada país. A cada ano, a sede das reuniões muda, assim como a presidência do G20. Em 2021, o encontro acontece no Rio de Janeiro durante a presidência rotativa do Brasil. O principal objetivo do Brasil no G20 é debater temas como combate à fome, pobreza e desigualdade, reforma da governança global e desenvolvimento sustentável.
A presidência do Brasil no G20 é uma oportunidade para o país aumentar seu protagonismo na arena internacional. O governo brasileiro busca aproveitar o momento para apresentar o Brasil como a solução de um problema global no âmbito climático, especialmente em preparação para sediar a COP, a conferência da ONU para o Clima, em 2025.
No entanto, o grupo enfrenta divisões entre um bloco ocidental, composto por americanos e europeus, e um emergente, com russos e chineses. A presidência do Brasil pode ser uma forma de recuperar a relevância do grupo à medida em que o modelo de multilateralismo das Nações Unidas se mostra limitado diante dos grandes conflitos.
Portanto, a realização da Reunião de Chanceleres no Rio de Janeiro nos dias 21 e 22 é de extrema importância para o Brasil, pois coloca o país no centro das discussões sobre as principais questões econômicas, políticas e sociais que afetam o mundo inteiro. É um momento em que o Brasil pode mostrar liderança e contribuir ativamente para a construção de soluções globais.