Abramet faz alerta sobre efeitos de medicamentos na capacidade de dirigir, incluindo remédios para dor, depressão, epilepsia e alergia.

A relação entre o uso de medicamentos e a capacidade de dirigir é tema de alerta da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), que divulgou uma diretriz de conduta médica para avaliar os efeitos colaterais de diversos remédios, especialmente aqueles que contêm substâncias psicoativas. O documento aborda ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, antidepressivos, analgésicos opióides, anti-histamínicos, anfetaminas, antipsicóticos, relaxantes musculares e outros medicamentos prescritos ou adquiridos sem prescrição.

Segundo a entidade, o objetivo da diretriz é orientar médicos do tráfego e outros profissionais de saúde, alertando para a influência negativa que certos medicamentos podem ter na habilidade de conduzir veículos. A Abramet argumenta que a questão dos efeitos dos remédios sobre a direção deve ser considerada pelas autoridades do Executivo e do Legislativo, especialmente diante de dados que indicam um crescimento significativo no consumo de medicamentos nos últimos anos.

A preocupação da associação é justificada pelos números divulgados por entidades como a Fundação Instituto de Administração e o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, que apontam o aumento nas vendas de remédios psiquiátricos no Brasil, especialmente durante a pandemia de covid-19.

A Abramet destaca que, apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas (ONU) já terem incluído o consumo de remédios como um fator de risco para acidentes de trânsito e segurança viária, respectivamente, o Brasil ainda não possui legislação específica sobre o tema. Diante disso, a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego recomenda que os médicos informem os pacientes sobre os potenciais impactos dos medicamentos na capacidade de dirigir e que os motoristas questionem seus médicos a respeito desses riscos.

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