Segundo a entidade, o objetivo da diretriz é orientar médicos do tráfego e outros profissionais de saúde, alertando para a influência negativa que certos medicamentos podem ter na habilidade de conduzir veículos. A Abramet argumenta que a questão dos efeitos dos remédios sobre a direção deve ser considerada pelas autoridades do Executivo e do Legislativo, especialmente diante de dados que indicam um crescimento significativo no consumo de medicamentos nos últimos anos.
A preocupação da associação é justificada pelos números divulgados por entidades como a Fundação Instituto de Administração e o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, que apontam o aumento nas vendas de remédios psiquiátricos no Brasil, especialmente durante a pandemia de covid-19.
A Abramet destaca que, apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas (ONU) já terem incluído o consumo de remédios como um fator de risco para acidentes de trânsito e segurança viária, respectivamente, o Brasil ainda não possui legislação específica sobre o tema. Diante disso, a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego recomenda que os médicos informem os pacientes sobre os potenciais impactos dos medicamentos na capacidade de dirigir e que os motoristas questionem seus médicos a respeito desses riscos.