A Penitenciária Dom Abel Alonso Nuñez foi alvo de vistoria por parte do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em janeiro deste ano, que produziu um relatório apontando condições precárias na unidade prisional. Com capacidade para 76 presos, a penitenciária abrigava 185 detentos na época da inspeção, sendo 146 provisórios, ou seja, sem processo de condenação concluído. O relatório também destacou que as condições de trabalho e estudo dentro da unidade eram insatisfatórias, com falta de vagas para atividades internas e ausência de biblioteca.
Apesar do histórico de condições precárias, a Penitenciária Dom Abel Alonso Nuñez não havia registrado fugas ou rebeliões até o mês passado, de acordo com o relatório do CNJ. Em resposta à Agência Brasil, a Secretaria da Justiça afirmou que todas as forças de segurança do estado entraram em ação para recapturar os foragidos e solicitou à população que comunicasse as autoridades caso tivesse informações sobre os detentos, disponibilizando números para denúncias anônimas.
A fuga dos detentos da Penitenciária Dom Abel Alonso Nuñez e as condições da unidade prisional levantam questões sobre a gestão do sistema carcerário no Piauí e a necessidade de investimentos para melhorar a estrutura e a segurança dos presídios. O episódio também destaca a importância do trabalho integrado entre as forças de segurança e o engajamento da população para garantir a recaptura de fugitivos e a manutenção da ordem nas penitenciárias. As autoridades competentes devem se manter vigilantes e implementar medidas eficazes para evitar novas fugas e garantir a segurança da população.