De acordo com o presidente do BoE, o mercado está cada vez mais precificando cortes nas taxas de juros em 2024, mas Bailey ressaltou que não é possível endossar esse movimento, uma vez que não há certeza sobre quando ou em que proporção os juros serão cortados. Ele enfatizou que o atual cenário econômico é incerto e existem diversos riscos de pressões inflacionárias, como as tensões geopolíticas globais.
Bailey argumentou que o banco central não pretende causar uma recessão no Reino Unido e destacou que a atividade econômica teve uma contração relativamente fraca em 2023, mesmo durante o ciclo de aperto monetário. “Nosso objetivo é reduzir a inflação”, reiterou, enfatizando a importância da estabilidade de preços para garantir um crescimento saudável da oferta e da produção.
O presidente do BoE afirmou que, no momento, a questão mais importante para o banco central é determinar por quanto tempo manter a política monetária restritiva. Ele ressaltou a necessidade de evidências convincentes de redução sustentada da inflação, especialmente no setor de serviços. “Projetamos que a inflação voltará à meta de 2%, mas o desafio será mantê-la nesse nível”, ponderou.
Megan Greene, também presente no evento, e dirigente do BoE, comentou sobre o risco de reduzir as taxas de juros cedo demais, o que poderia acelerar a inflação novamente, afirmando que esse risco é muito pior do que esperar para iniciar a flexibilização monetária.
Em resumo, Bailey e Greene reforçaram a postura cautelosa do Banco da Inglaterra em relação à redução das taxas de juros, enfatizando a importância de manter a estabilidade da inflação e o crescimento saudável da economia do Reino Unido. Ainda que haja expectativas de cortes nas taxas em 2024, o BoE preza pela prudência e por uma adequada avaliação do cenário econômico antes de tomar decisões.