A situação chegou ao conhecimento do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, que anunciou por meio das redes sociais o abate de um homem por policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). O indivíduo teria atirado contra os agentes na comunidade Caminho das Pedras, em Santos. A presença do secretário na Baixada Santista durou 13 dias, como resposta aos assassinatos de dois policiais em Santos.
A repercussão dessas mortes chamou a atenção de entidades de direitos humanos, que já solicitaram o fim da Operação Escudo – que passou a ser chamada de Operação Verão pelo governo estadual – à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos na América do Sul. Além disso, a Defensoria Pública de São Paulo, junto com a organização Conectas Direitos Humanos e o Instituto Vladimir Herzog, pediram o uso obrigatório de câmeras corporais pelos agentes de segurança pública.
Durante o carnaval, a Ouvidoria da Polícia de São Paulo, a Defensoria Pública e deputados estaduais estiveram na Baixada Santista e colheram relatos de moradores que denunciaram execuções, tortura e abordagens violentas por parte dos policiais militares da Operação Escudo contra a população local e egressos do sistema prisional. A SSP, por sua vez, declara que a operação tem como foco o combate à criminalidade e a garantia da segurança da população.
Esses confrontos resultaram em um número alarmante de mortes em ações policiais na região, levantando questões sobre o uso da força e a transparência das operações. Essa situação levou diversos setores da sociedade a pedir por mais investigações e responsabilização sobre esses incidentes, prejudicando a eficiência do trabalho policial. A segurança pública é um direito fundamental, mas deve ser assegurada com respeito aos direitos humanos e à integridade das pessoas.