O Executivo encaminhou, no ano passado, uma medida provisória para reonerar as folhas de pagamentos de 17 setores da economia que se beneficiaram da redução de custos trabalhistas. No entanto, a medida enfrenta resistência no Congresso e existe o risco de não ser aprovada. A reoneração faz parte do plano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação do governo e equilibrar as contas públicas.
Além disso, o ministro Haddad afirmou que, após a reunião sobre a pauta do governo no Congresso, ainda haveria uma conversa com o presidente Lula sobre a reoneração da folha. Segundo a agenda do presidente, ele e Haddad terão uma reunião a sós às 16 horas nesta terça-feira.
Durante a entrevista, Padilha também falou sobre o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), destacando que está gerando impactos negativos na economia. Ele anunciou que o presidente Lula terá uma reunião com o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, para discutir o assunto ainda nesta semana. A reunião também deverá englobar debates sobre a reoneração da folha de pagamentos.
Padilha ressaltou que a reunião concluída no Planalto teve como objetivo discutir as prioridades do Executivo no Legislativo neste ano, sendo a principal delas consolidar o equilíbrio econômico.
Além de Padilha, estavam presentes na reunião o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad, Márcio Macêdo (Secretaria Geral), Alexandre Padilha (Secretaria Geral) e Paulo Pimenta (Secom), os líderes do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, na Câmara, José Guimarães, e no Senado, Jaques Wagner, bem como o chefe de gabinete de Lula, Marco Aurélio Marcola. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, participou da entrevista, mas optou por ficar em silêncio.
Portanto, a reunião e as declarações de Padilha reiteram o interesse do governo em buscar alternativas para a desoneração da folha de pagamentos e alinhar a agenda econômica e fiscal do país.