Ex-policial militar Ronnie Lessa condenado a quase sete anos de prisão por contrabando de peças de armas.

Ex-policial militar condenado por contrabando de armas

O ex-policial militar Ronnie Lessa foi condenado a seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto pela Justiça Federal do Rio de Janeiro por contrabando de peças e acessórios de armas de fogo. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) indicou que entre os anos de 2017 e 2018, Lessa fez importações ilícitas de peças e acessórios bélicos que poderiam ser usados para a montagem de fuzis, armas de airsoft e de pressão a gás. A juíza Fernanda Resende Djahjah Dominice, responsável pela sentença, destacou que o ex-policial tinha “completa ciência da necessidade de autorização prévia da autoridade competente para o ingresso desse tipo de material em território nacional, e mesmo assim optou por importá-los ilegalmente”.

A magistrada ressaltou que as consequências do crime são especialmente graves, apontando para o objetivo de vender as armas na clandestinidade, o que representa uma grave ameaça à segurança pública. Esta não é a primeira condenação de Ronnie Lessa por crimes envolvendo armas de fogo. Em 2019, ele foi preso acusado de ser o autor dos disparos que levaram à morte da vereadora Marielle Franco. Posteriormente, a Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu peças que dariam origem a 117 fuzis na casa de um amigo do ex-policial. Este episódio resultou em uma condenação a 13 anos e seis meses de prisão por comércio ilegal de armas de fogo em 2022.

Além disso, desdobramentos da investigação sobre a morte de Marielle mostram como Ronnie Lessa enriqueceu após o assassinato. Em uma delação premiada, o motorista que levava Lessa no dia do crime destacou o aumento patrimonial do ex-policial, incluindo a compra de uma caminhonete blindada e uma lancha, além do projeto de construir uma casa de praia em Angra dos Reis (RJ). Em janeiro deste ano, Lessa fechou um acordo de delação premiada, onde o executor do crime apontou um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro como o mandante dos assassinatos.

Mesmo com todas essas revelações, o conselheiro negou qualquer envolvimento nos crimes e acusou Lessa de estar tentando proteger alguém ao citá-lo como mandante. A participação de Ronnie Lessa em diversos crimes relacionados a armas de fogo e seu suposto envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco continuam sendo investigados pelas autoridades competentes.

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