O episódio é inédito em presídios federais e tem sido motivo de preocupação para muitos, já que os fugitivos estão desaparecidos há cinco dias. Os fugitivos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, são ligados ao Comando Vermelho, e a situação tem gerado apreensão na região de Mossoró.
O atual ministro responsável pela pasta, Ricardo Lewandowski, afirmou que só soube pela imprensa dos relatórios sobre o presídio e, apesar de não ter recebido os documentos, afirmou que será realizada uma sindicância para analisar as falhas e defeitos do presídio e garantir que os locais sejam ainda mais seguros no futuro.
Investigações apontam que relatórios produzidos por autoridades policiais em 2021 e 2023 indicavam o risco de fuga na penitenciária de Mossoró. Um primeiro relatório de 2021 apontava que mais de cem câmeras estavam inoperantes na penitenciária, e um de 2023 identificava a possibilidade de fuga pela luminária da parede – exatamente como ocorreu com os dois fugitivos, segundo as apurações.
Lewandowski chegou a Mossoró no domingo para acompanhar as buscas pelos fugitivos da penitenciária e afirmou que não há prazo para a captura dos foragidos. O caso tem gerado preocupação e discussões, inclusive com o presidente Lula, que durante uma viagem à Etiópia afirmou que pode ter havido conivência de agentes que trabalham em Mossoró.
As buscas pelos detentos chegam ao sétimo dia nesta terça-feira e têm gerado grande dificuldade para as autoridades, já que os fugitivos chegaram a invadir uma casa e fazer um casal de refém por algumas horas. Com a fuga dos presos sendo um dos principais temas na mídia, a situação continua a causar preocupação e especulações sobre o rigor do sistema carcerário e as falhas na segurança dos presídios federais.