Segundo Padilha, a intenção do governo brasileiro é expandir cada vez mais a cooperação com Israel, enfatizando que a administração Netanyahu é um “governo de ocasião” e que as relações entre os países vão além do atual primeiro-ministro israelense.
No entanto, o atrito entre as nações se intensificou após Israel considerar o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, como “persona non grata” devido a suas declarações comparando as ações do Exército israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto. O embaixador do Brasil em Tel-Aviv, Frederico Meyer, foi informado da decisão no Museu do Holocausto, onde também recebeu uma aula sobre o genocídio cometido pelos nazistas contra 6 milhões de judeus. Em resposta, o governo brasileiro chamou Meyer de volta ao país.
Apesar do impasse, o ministro Alexandre Padilha defendeu as declarações de Lula e afirmou que o presidente não cometeu erro algum em suas falas. Além disso, Padilha também criticou Netanyahu, afirmando que o primeiro-ministro israelense é quem está isolado nas suas posições e práticas, e não o presidente brasileiro.
Ainda assim, o ministro reforçou que a cooperação entre Brasil e Israel permanece sólida e que não há intenção de rompimento nas relações comerciais entre os dois países. A declaração de Padilha vem para acalmar possíveis preocupações em relação a possíveis impactos econômicos da tensão diplomática.