Atendente de farmácia morre após ser baleado por policiais militares na Rodovia Anchieta, em São Paulo, e gera clamor por justiça.

Na última sexta-feira, um trágico episódio marcou a vida de Luan dos Santos, um atendente de farmácia de 32 anos. O que era para ser um dia de diversão com amigos se transformou em um terrível pesadelo, que acabou culminando na perda de sua vida.

Luan Santos, que tinha acabado de cortar o cabelo e planejava se reunir com amigos para seguir até o litoral e saborear um delicioso prato de camarão, acabou sendo baleado por policiais militares enquanto seguia como passageiro de uma das motos que estava na estrada, acompanhado por dois companheiros.

Segundo a versão dos policiais, eles tentaram fazer uma abordagem aos ocupantes das motos, que estavam em alta velocidade e realizando manobras perigosas. No entanto, os condutores não teriam respeitado o sinal de parada dado pelos policiais, o que resultou em uma sequência de eventos trágicos.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que um dos policiais apontou sua arma quando o garupa de uma das motos fez uma menção de estar armado. Em seguida, a motocicleta teria parado bruscamente, resultando em um disparo acidental. Luan Santos foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Modelo de Cubatão, onde infelizmente veio a falecer.

Os familiares de Santos contestam essa versão dos policiais, alegando que ele foi baleado ao desembarcar da moto, que já estava parada. Além disso, afirmam que Luan sempre foi um trabalhador dedicado e nunca se envolveu em crimes. Apesar de estar com documentos no bolso, ele deu entrada no hospital como indigente.

No domingo, quase 300 pessoas compareceram ao seu enterro, incluindo muitos colegas de trabalho da rede de farmácias onde ele trabalhava. Seus familiares clamam por justiça, alegando que Luan não morreu, mas sim foi assassinado.

O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial na Central de Polícia Judiciária de Santos e está sendo investigado pela Polícia Civil, com acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário. A Polícia Militar também está realizando uma apuração da ocorrência através de Inquérito Policial Militar.

O caso de Luan Santos se junta a uma série de episódios envolvendo mortes durante a Operação Verão, que já totalizou 28 óbitos na Baixada Santista. A comunidade exige respostas e a devida responsabilização dos envolvidos nessa tragédia, que tirou a vida de um jovem trabalhador, querido por seus amigos e familiares.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo