Governador de SC antecipa volta ao Brasil para participar de ato convocado por Bolsonaro na Avenida Paulista

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), surpreendeu ao antecipar seu retorno ao Brasil para participar do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, marcado para o próximo domingo, 25. Em viagem a Dubai, nos Emirados Árabes, o chefe do Executivo catarinense havia afirmado, na semana passada, que não estaria presente na manifestação.

A previsão inicial era de que o governador retornasse para o Brasil no fim da tarde do domingo, o que o impediria de comparecer ao ato que tem início marcado para as 15 horas. No entanto, Jorginho mudou sua agenda e voltará ao País no sábado, 24, chegando a São Paulo na manhã do domingo.

Além dele, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), também estarão presentes na manifestação convocada por Bolsonaro.

Na semana passada, Jorginho foi um dos três governadores aliados de Bolsonaro que afirmaram que não compareceriam à manifestação. Os governadores do Acre, Gladson Cameli (PP), e de Roraima, Antonio Denarium (PP), também confirmaram suas ausências. Cameli, assim como Jorginho, tem compromissos no Oriente Médio, enquanto Denarium afirmou que vai entregar obras no interior roraimense.

A convocação dos aliados para a Avenida Paulista surge em meio a um contexto delicado para Bolsonaro, após se tornar alvo da Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal, que investiga um suposto plano de tentativa de um golpe de Estado após as eleições de 2022. O ex-presidente é suspeito de estar envolvido em uma ruptura institucional, com base em indícios coletados em uma reunião ministerial com teor golpista e mensagens trocadas entre seus aliados próximos. Após a ação da PF, o ex-presidente teve seu passaporte apreendido.

Jorginho foi um dos poucos aliados que defenderam publicamente Bolsonaro após a operação, declarando em um vídeo que a Polícia Federal estava “procurando pelo em ovo” e “requentando os fatos”. O governador de Santa Catarina afirmou que a operação da PF não teria impacto e que Bolsonaro é um homem decente.

A manifestação na Avenida Paulista tem o objetivo de demonstrar apoio e força política diante das investigações da PF e contará com a presença do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), ex-ministros, e parlamentares do núcleo duro do ex-presidente. O ato, que será idealizado pelo pastor evangélico Silas Malafaia, contará com um trio elétrico onde Bolsonaro fará um discurso para seus apoiadores.

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