Repórter São Paulo – SP – Brasil

Fugitivos faccionados escapam de penitenciária de segurança máxima em Mossoró e causam preocupação a autoridades.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em uma declaração neste domingo (18) que pode ter havido cumplicidade de agentes do sistema penitenciário federal em Mossoró (RN) na fuga de dois presos faccionados. Durante uma viagem oficial de cinco dias ao continente africano, Lula questionou como os presos conseguiram cavar um buraco e escapar sem serem vistos.

As declarações de Lula foram dadas em Adis Abeba, durante sua viagem oficial, e apontam para uma possível conivência de agentes do sistema penitenciário do local. Este episódio ocorre apenas quatro dias após a fuga de dois presos de uma penitenciária federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte, a 277 quilômetros de Natal. As autoridades estão em busca dos fugitivos, Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34, o Deisinho.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também está envolvido nas buscas pelos fugitivos em Mossoró. Ele havia determinado o afastamento imediato da atual direção da unidade em questão e escalou um interventor.

Uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública suspendeu banhos de sol, visitas sociais e de advogados nos presídios federais, após a fuga dos detentos em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Atividades educacionais, laborais e religiosas também foram suspensas, exceto os atendimentos de saúde emergenciais.

Os fugitivos, que se declaram integrantes do CV (Comando Vermelho), participaram de uma rebelião em julho do ano passado, no estado do Acre, que resultou em cinco mortos. Eles estavam entre os 14 presos transferidos para o sistema federal, suspeitos de liderarem a matança.

Após a fuga, os dois detentos fizeram uma família refém na noite de sexta-feira, levando dois celulares e carregadores. Eles fizeram várias ligações por WhatsApp, incluindo para a capital do Rio de Janeiro. Os fugitivos, de acordo com relatos dos familiares, são ligados ao Comando Vermelho e participaram de um ataque que resultou em três decapitações no Acre.

A busca pelos fugitivos continua e as autoridades buscam informações que possam levá-los de volta à custódia. A fuga e os eventos subsequentes levantam questões sobre a segurança do sistema penitenciário federal e demonstram a necessidade de medidas adicionais para evitar fugas e garantir a segurança da população.

Sair da versão mobile