O único estado a registrar um aumento na taxa de desemprego foi Roraima, que viu um aumento de 1,7 ponto percentual, indo de 4,9% em 2022 para 6,6% em 2023. Ao mesmo tempo, oito estados viram suas taxas de desocupação atingirem mínimas históricas, incluindo Rio Grande do Norte, Alagoas, e Tocantins.
A média nacional da taxa de desemprego caiu de 9,6% em 2022 para 7,8% em 2023, mostrando uma queda significativa de 1,8 ponto percentual. As maiores reduções foram registradas em estados como Acre, Maranhão, e Rio de Janeiro.
Ao analisar o quarto trimestre de 2023, a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, observou que apenas dois estados apresentaram quedas estatisticamente significativas na taxa de desemprego. Em nível nacional, a taxa de desemprego caiu de 7,7% para 7,4%.
Apesar desses números positivos, a desigualdade de gênero persiste no mercado de trabalho, com a taxa de desemprego para mulheres se mantendo consideravelmente mais alta do que a dos homens. Além disso, as mulheres ainda recebem, em média, salários 20% menores do que seus colegas do sexo masculino.
Em relação à desigualdade racial, os dados também mostram uma disparidade preocupante, com taxas de desemprego significativamente mais altas para negros e pardos em comparação com brancos. Além disso, o desemprego de longo prazo é uma realidade para mais de 1,8 milhão de brasileiros.
Apesar dessas preocupações, a participação dos idosos no mercado de trabalho parece ter voltado aos níveis pré-pandêmicos, enquanto a participação dos jovens ainda está abaixo do que era antes da crise sanitária.
Esses dados evidenciam a complexidade do cenário atual do mercado de trabalho no Brasil, mostrando que, apesar de alguns sinais encorajadores, ainda há desafios significativos a serem enfrentados.