De acordo com o governo venezuelano, a revisão dos termos de cooperação técnica será conduzida nos próximos 30 dias. Além disso, foi determinado que todos os funcionários associados ao escritório da ONU deixem o país dentro das próximas 72 horas. O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que estava ciente da decisão e se pronunciaria em breve a respeito.
O anúncio da ordem de saída dos funcionários da ONU ocorre após duras críticas feitas pela televisão estatal venezuelana ao relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, Michael Fakhri. Durante uma visita à Venezuela, Fakhri afirmou que o programa de alimentação do governo não aborda as causas fundamentais da fome e está suscetível a influências políticas.
O governo venezuelano, em comunicado, acusou o gabinete de direitos humanos da ONU de adotar uma atitude “colonialista, abusiva e violadora” e afirmou que é necessário que a entidade retifique sua postura. O escritório da ONU já atua na Venezuela desde 2019 e tem enfrentado tensões com o governo local.
A decisão de ordenar a saída dos funcionários da ONU e revisar os termos de cooperação técnica gera preocupações sobre o impacto nas atividades de monitoramento e assistência humanitária realizadas pela organização no país. A situação também evidencia a tensão entre o governo venezuelano e as entidades internacionais de direitos humanos.
É importante ressaltar que a Agência Brasil não foi citada como fonte deste texto.