Lei de proibição de sacolas plásticas da Califórnia falha, e nova legislação busca corrigir o problema persistente.

De acordo com dados recentes, a Califórnia foi o primeiro estado dos Estados Unidos a proibir sacolas plásticas descartáveis há quase uma década. A lei visava combater o problema persistente de resíduos plásticos, porém, a medida parece não ter atingido seu objetivo. Isso porque, após a proibição, as sacolas plásticas reutilizáveis e mais resistentes começaram a ser oferecidas aos clientes por um valor simbólico de US$ 0,10.

Apesar de serem projetadas para resistir a vários usos e serem tecnicamente recicláveis, muitos varejistas trataram essas sacolas como isentas da proibição, mas não se percebeu uma mudança efetiva no uso dessas sacolas. Assim, foi constatado que poucas, se algumas, eram realmente recicladas. Consequentemente, a quantidade de sacolas plásticas descartadas pelos californianos no ano passado foi maior do que quando a lei foi inicialmente aprovada.

Diante desse cenário, os legisladores estão buscando uma maneira de corrigir esse problema. Um novo projeto de lei está em discussão para proibir todas as sacolas plásticas oferecidas nos caixas, inclusive as reutilizáveis. No entanto, os compradores ainda terão a opção de adquirir sacolas de papel.

O senador estadual Ben Allen, um dos defensores do projeto de lei, afirmou que “é hora de nos livrarmos completamente das sacolas plásticas”. No entanto, alguns especialistas alegam que a proibição inicial das sacolas plásticas foi uma experiência bem-intencionada, porém fracassada, e que inadvertidamente piorou a situação do uso de resíduos plásticos.

O cenário foi agravado pela pandemia, onde muitos consumidores passaram a temer a reutilização de sacolas como uma forma de evitar a propagação do vírus, levando a uma explosão do uso das sacolas plásticas mais grossas. Segundo estatísticas, o tempo médio que os compradores utilizam uma sacola plástica é de apenas doze minutos.

Apesar dos desafios enfrentados, a Califórnia continua na vanguarda dos esforços para reduzir o lixo plástico. Além da proibição das sacolas plásticas, o estado aprovou leis que limitam o uso do símbolo de reciclagem em produtos que de fato não são reciclados na maioria das comunidades, transferindo a responsabilidade da reciclagem e do descarte de resíduos das comunidades locais para os produtores de plástico e empresas de embalagens. Além disso, iniciou-se uma investigação sobre a reciclagem de plásticos.

Outros estados também têm adotando medidas semelhantes, como a proibição de sacolas plásticas em Nova York e em mais seis estados. Todas essas ações buscam contribuir para a redução do descarte de resíduos plásticos e minimizar os impactos ambientais causados por esses materiais.

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