A possível não conclusão do prazo pode acarretar em notificação à empresa para que explique o motivo do atraso, além de sanções administrativas previstas no contrato. Procurado pela reportagem, o consórcio não havia respondido até a publicação deste texto.
O custo mensal do serviço está estimado em R$ 9,8 milhões, e a Secretaria de Segurança Urbana informou que o contrato prevê o pagamento apenas após a disponibilização das imagens, não a partir da instalação dos equipamentos. O consórcio instalou as câmeras restantes, mas aguarda procedimentos para o envio das imagens.
As câmeras com reconhecimento facial começaram a funcionar na cidade no último dia 9, e já tiveram resultados positivos, como o caso de uma mulher desaparecida há 15 dias, que foi encontrada na rodoviária do Tietê, na zona norte da capital. Guardas-civis e técnicos da Secretaria de Segurança Urbana receberam treinamento para analisar os alertas feitos pelo sistema, que descarta semelhanças menores que 90% no caso de foragidos.
Uma central de monitoramento foi montada no prédio do Palácio dos Correios, no Anhangabaú, onde 40 agentes da GCM analisam as imagens 24 horas por dia. Além disso, a prefeitura instalou um dispositivo de proteção chamado de “chapéu chinês” nos postes onde as câmeras estão alocadas, visando evitar roubos dos equipamentos.
O consórcio agora tem um desafio pela frente, de cumprir com o prazo estabelecido para a entrega das imagens das câmeras, sob a possível iminência de sanções contratuais. Este atraso pode impactar no andamento do projeto e na utilização plena da tecnologia de reconhecimento facial na cidade de São Paulo.