Comissão de Ciência e Tecnologia inicia ano legislativo com projetos de lei para incentivar pesquisa científica e segurança em transporte de aplicativo.

A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) iniciou o ano legislativo com quatro projetos de lei prontos para deliberação. Um dos projetos em destaque é o PLS 758/2015, que prevê a autorização para a dedução no Imposto de Renda (IR) de valores doados em apoio a projetos de pesquisa científica. Segundo o projeto, as deduções previstas são de 80% do valor doado para pessoas físicas e de 40% para pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real.

O objetivo principal do projeto é permitir a compra de insumos, como reagentes e materiais descartáveis, para as atividades de pesquisa. O senador Romário (PL-RJ), autor do projeto, ressalta que muitas instituições direcionam os recursos apenas para a compra de equipamentos de alta tecnologia, deixando de lado o financiamento dos insumos necessários para o funcionamento desses equipamentos.

O relator do projeto, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), impôs condições para que as doações possam ser deduzidas, exigindo que sejam feitas para instituição pública de ensino ou pesquisa e que a pessoa física responsável pelo projeto esteja cadastrada no CNPq. Além disso, os doadores devem informar os aportes financeiros repassados para fins de dedução, e os captadores devem comprovar a aplicação dos recursos.

Outro projeto em pauta é o Projeto de Lei 3.000/2021, que trata do incentivo fiscal para a doação de equipamentos a instituições públicas de ensino superior e instituições científicas. O projeto propõe que as pessoas jurídicas que doarem equipamentos de pesquisa a instituições públicas possam abater do Imposto de Renda devido o valor dos bens doados, dentro de um limite específico.

Além desses projetos, a comissão está pronta para pautar um projeto que obriga as empresas de transporte de passageiros por aplicativo a instalar botões de pânico nos veículos e oferecer sistema de reconhecimento facial dos clientes. O autor do projeto, senador Carlos Viana (Podemos-MG), argumenta que tais medidas não devem trazer grandes custos para as empresas envolvidas e apresentariam grande impacto positivo na prestação do serviço.

Por fim, um projeto de resolução institucionaliza o Hackathon no Senado Federal, evento destinado a reunir profissionais e estudantes numa maratona de programação com o objetivo de desenvolver software ou solução tecnológica que atenda a um objetivo proposto. O projeto visa reunir as melhores mentes do país para desenvolver soluções que aumentem a transparência na divulgação de informações públicas por meio de tecnologias digitais e busquem melhorias do processo legislativo e do trabalho do Senado Federal.

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