O Brasil possui uma grande variedade de tipos de feijão, com diferentes cores, sabores e regiões de cultivo. No entanto, o feijão carioca é o favorito entre os brasileiros, representando 66% do consumo nacional. Apesar do nome, essa variedade surgiu em São Paulo, mais especificamente no município de Palmital, há mais de cinco décadas.
O feijão carioca foi descoberto em 1970, quando um produtor identificou um grão com tonalidade e produtividade diferentes das demais variedades. Assim, o Instituto Agronômico (IAC-Apta) passou a desenvolver essa variedade, que se tornou um componente essencial da culinária paulista.
Desde então, o Instituto Agronômico desenvolveu 58 novas variedades de feijão, não apenas do tipo carioca, mas também de feijão preto, rajado, vermelho, entre outros. Além disso, o IAC-Apta trabalha para aumentar a sustentabilidade e a produtividade das produções, buscando características que reduzem o uso de água e defensivos.
Mesmo ocupando o sexto lugar na produção nacional de feijão, o Estado de São Paulo se destaca por apresentar a maior produtividade média por área, graças às tecnologias desenvolvidas pelos institutos de pesquisa. Anualmente, cerca de 100 mil hectares são cultivados em São Paulo, abrangendo as três principais safras: água, seca e inverno.
Além disso, o feijão é considerado um símbolo nacional, originado da mistura de diferentes heranças culinárias. É um alimento rico em carboidratos, vitaminas, sais minerais e fibras, sendo fundamental para a segurança alimentar da população brasileira.
A estimativa para a produção de feijão em 2024 é de 3,1 milhões de toneladas, um crescimento significativo em relação aos anos anteriores.
Portanto, a celebração do Dia Mundial das Pulses destaca a importância do feijão não apenas como um alimento tradicional, mas também como um componente essencial da segurança alimentar e da identidade nacional no Brasil.