Ao ser abordado, Nascimento tentou despistar os agentes apresentando um nome falso. No entanto, os policiais verificaram sua identidade e descobriram que havia um mandado de prisão expedido contra ele pela Justiça de São Paulo. Além disso, foram apreendidos com o suspeito uma grande quantia em dinheiro, cerca de 20 munições e substâncias entorpecentes. Por esse motivo, tanto Nascimento quanto o outro detido deverão responder por narcotráfico.
O caso chama a atenção para a presença da Rota na Baixada Santista, que tem preocupado entidades de defesa dos direitos humanos. A operação Escudo foi deflagrada após o assassinato do policial Patrick Bastos Reis, também do batalhão, em julho de 2023. Essa operação foi vista por várias entidades como uma forma de retaliação institucionalizada e considerada abuso de autoridade por parte da polícia.
A presença da Rota na região é justificada como uma forma de combater o tráfico de drogas, porém a Defensoria Pública de São Paulo apurou que 90% das prisões em flagrante feitas no âmbito da operação, na primeira fase, não tiveram apreensão de armas e que, em 67% dos casos, não foram encontradas drogas.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que a segunda etapa da Operação Escudo, chamada de Verão, iniciada no último dia 7, já soma 21 mortos pelos agentes. Segundo a SSP, essas mortes ocorreram como resultado de confrontos entre as vítimas e os policiais. A operação também registra 620 prisões e 72 armas apreendidas, contando com o reforço do Comando de Operações Especiais (COE).
O caso do assassinato do soldado Samuel Wesley Cosmo chama a atenção para a violência policial na região e coloca em pauta a discussão sobre os métodos utilizados pela Rota e pelas forças de segurança para combater o tráfico de drogas e a criminalidade. A prisão do suspeito é um passo importante para a resolução desse crime e para trazer justiça à família da vítima.
