A demolição do prédio, considerado patrimônio cultural da cidade, ocorreu no dia 12 de janeiro, sem qualquer consulta ao conselho. Desde então, o conselho tem solicitado documentos e laudos à prefeitura, mas até o momento não recebeu nenhum material oficial.
Segundo o conselheiro Osmir Pereira da Rocha, a prefeitura também não apresentou o projeto da futura creche que está planejada para o local. Além disso, a administração municipal alegou que a região ao redor do observatório não permitiria mais a observação astronômica devido ao adensamento populacional e luminosidade à noite, mas não apresentou um laudo que comprovasse essa alegação.
O Conselho do Patrimônio Histórico já definiu que quer uma reparação pela demolição, ou um memorial, ou até mesmo a reconstrução do prédio no mesmo local. Enquanto a prefeitura tem afirmado que irá compensar a perda do observatório com o ensino de astronomia por meio de um convênio com a Unifesp.
Porém, para o conselho, a proposta de compensação da prefeitura não é viável, pois consiste em levar crianças para visitar planetários em São Paulo ou Santo André, o que é considerado uma proposta totalmente diferente do propósito original do observatório de Diadema. Segundo Rocha, a prefeitura também foi solicitada a apresentar o telescópio que diz ter guardado, mas até o momento o conselho não teve acesso ao objeto.
Diante das alegações do conselho, a prefeitura foi indagada, mas informou que não conseguiria responder às questões dentro do prazo estipulado. Com isso, a polêmica em torno da demolição do Observatório Astronômico de Diadema segue sem resolução, e as partes envolvidas continuam em um impasse sobre o futuro do patrimônio cultural da cidade. Enquanto isso, a comunidade aguarda por esclarecimentos e decisões concretas, visando a preservação da história e do legado científico do observatório.
