Erro da polícia americana: homem declarado morto retorna após família receber cinzas nos EUA e tradução de jornal é questionada.

**Erros de tradução em publicação jornalística: um reflexo da inteligência artificial na imprensa**

Na última terça-feira, dia 13 de fevereiro, o site da Folha publicou uma tradução, provavelmente gerada por inteligência artificial, de uma reportagem do jornal The New York Times. A matéria tratava de um erro cometido pela polícia americana, mas o que chamou atenção foram os graves equívocos de tradução presentes no texto.

Entre os erros mais evidentes, estava a expressão “morador masculino do centro” e a seguinte frase: “Eventualmente, ele foi liberado para uma instalação de moradia temporária em Portland, Oregon, com a condição de que ele completasse um programa de recuperação de vícios”. Tais traduções geraram estranhamento e até mesmo risos entre os leitores.

A utilização de inteligência artificial para a tradução de textos tem se popularizado na imprensa devido à rapidez e à economia de recursos. Entretanto, esse recurso tem levantado questões quanto à qualidade das traduções, uma vez que a máquina não consegue reproduzir as nuances e sutilezas linguísticas de forma adequada.

Apesar dos erros de tradução, a reportagem publicada às 9h07, recebeu uma versão revisada às 14h, na qual os equívocos mais gritantes foram corrigidos. Contudo, a revisão ainda deixou a desejar, mantendo uma tradução confusa e, em alguns momentos, incompreensível.

Essa situação levanta questões sobre o papel da inteligência artificial na produção jornalística, sobretudo no que diz respeito à qualidade dos textos traduzidos. Além disso, a discussão amplia-se para a reflexão sobre a preservação da língua e a importância de manter a sua integridade diante do avanço tecnológico.

É fundamental reconhecer que a importação de palavras estrangeiras sempre contribuiu para o enriquecimento das línguas, sem representar ameaça. Contudo, degradar a qualidade da educação ao ponto de permitir que a língua seja subvertida por traduções robóticas de baixa qualidade é preocupante.

É imprescindível que a imprensa, mesmo diante do avanço da inteligência artificial, preserve a qualidade e a essência da linguagem, garantindo que a comunicação seja eficaz e que a língua seja respeitada em sua forma e significado. Este é um desafio que deve ser encarado com responsabilidade, para garantir que a linguagem continue a cumprir o seu papel de comunicar e expressar ideias de forma clara e precisa.

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