Avaliações dos Consumidores Revelam Problemas em Carros Novos nos EUA, Aponta Estudo da J.D. Power

A empresa americana de pesquisa especializada no setor automobilístico J.D Power revelou sua mais recente avaliação semestral de problemas em carros novos nos EUA. O foco é sempre na frota circulante com três anos de uso. Trata-se de uma avaliação que repercute no conjunto dos veículos em circulação nos Estados Unidos, que é de 12 anos em média. Como referência, a frota brasileira é um pouco mais “jovem”, com 10 anos e 9 meses, de acordo com pesquisas do Sindipeças e da Anfavea.

Os principais pontos problemáticos apontados pela avaliação foram os sistemas de infotenimento, em especial os de conectividade Android Auto e Apple CarPlay, além do reconhecimento de voz integrado. Falhas apontadas atingiram um nível duas vezes superior à categoria seguinte, de defeitos na carroceria.

Além disso, os pesquisadores também apontaram que o incômodo com os alertas de assistência aumenta com o tempo de uso. Entre estes, os avisos de manutenção e de saídas da faixa de rolagem, além de colisão dianteira/frenagem autônoma de emergência. A pesquisa também revelou que os veículos elétricos a bateria (VEBs) e híbridos plugáveis apresentaram mais problemas do que os movidos por motores a combustão interna (MCI) e híbridos plenos.

Outra pesquisa divulgada pela J.D Power destacou que os carregadores públicos de VEBs nos EUA estão mais confiáveis, porém menos disponíveis. Os investimentos vêm se concentrando na recarga rápida, enquanto falhas se manifestam nos carregadores de Nível 2, os mais utilizados pela frota circulante.

Além disso, um estudo realizado pela Consumer Reports revelou que um terço dos compradores nos EUA relataram ter uma experiência extremamente limitada com modelos elétricos. A organização sem fins lucrativos destacou como fundamental a expansão da infraestrutura de recarregamento.

Ao analisar os resultados da indústria em janeiro último, a Anfavea indicou que o conjunto de fabricantes e fornecedores vai investir R$ 100 bilhões (US$ 20 bilhões, um valor menos “vistoso”) até 2029. O presidente da entidade, Márcio Leite, admitiu que se trata de uma previsão, porém com boas possibilidades frente aos novos rumos anunciados pelo plano governamental Mobilidade Verde e Inovação (Mover).

Nos últimos anos, quatro fábricas de veículos leves fecharam no país, sem contar três de peças. Duas de veículos vão reabrir nas ex-instalações de outras marcas. Nessa conta não entram veículos pesados.

Parte das importações subiram por antecipação de compras externas para aliviar o início do escalonamento crescente do imposto sobre elétricos e híbridos, que começou no mês passado e voltará a ser de 35% em julho de 2026.

Por fim, a 11ª geração do atual Classe E, da Mercedes, impressiona por suas linhas mais limpas e pelos avanços em tecnologia. Com uma tela multimídia central de 14,4 pol e um motor 2-L turbo, o novo modelo tem impressionado por seus atributos e pelo preço de R$ 639.900.