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SÃO PAULO – “Aumento de 22% no Registro de Animais Silvestres Recebidos pelo Centro de Triagem de São Paulo em um Ano”

Segundo informações divulgadas pelo Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres de São Paulo (Cetras-SP), o número de animais silvestres registrados cresceu mais de 22% entre 2022 e 2023, totalizando 5.770 registros no último ano. Esse aumento reflete a importância do trabalho realizado pelo centro, que realiza a marcação individual dos animais como parte de seu processo de reabilitação.

O Cetras-SP utiliza anilhas e chips que funcionam como um “RG” para os animais, garantindo sua rastreabilidade e controle de entrada e saída no plantel do centro. As aves recebem anilhas, enquanto os répteis e mamíferos de pequeno e médio porte são marcados com microchips, aplicados via subcutânea ou intramuscular. Cada instrumento possui uma sequência numérica única, que fica associada ao cadastro do animal no banco de dados do Cetras-SP, contendo informações sobre sua saúde, data de recebimento, sexo e espécie.

Os dados revelam que, dos 8.880 animais recebidos pelo centro, 5.171 foram anilhados no ano passado, representando um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Além disso, a aplicação de microchips também registrou crescimento, passando de 458 em 2022 para 599 em 2023, um aumento de mais de 22%.

No entanto, a equipe do Cetras-SP alerta que o tráfico de animais silvestres continua sendo um dos principais desafios enfrentados. A maioria dos animais encaminhados ao centro são vítimas desse crime, chegando muitas vezes em situações precárias, dentro de gaiolas de madeira ou potes plásticos.

Em 2023, o Cetras-SP recebeu um total de 8.880 animais, sendo 4.613 provenientes de apreensão, 1.021 de entregas espontâneas, 3.118 de resgates e 128 de outras origens. Esses números refletem a necessidade de intensificar os esforços na busca por soluções que minimizem o impacto do tráfico de animais silvestres.

Diante desse contexto, o trabalho de marcação individual realizada pelo Cetras-SP se mostra fundamental para garantir a proteção e preservação da fauna silvestre, permitindo a identificação e o monitoramento dos animais ao longo do processo de reabilitação.

Seguindo os protocolos de atendimento, o centro realiza a identificação da espécie, avaliação do estado físico e comportamental dos animais, demonstrando um compromisso com o cuidado e bem-estar da fauna silvestre. A marcação individual, por meio de anilhas e chips, representa uma ferramenta indispensável para a gestão e conservação dessas espécies, contribuindo para a promoção de políticas de proteção e combate ao tráfico de animais silvestres.

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