Reféns argentinos são resgatados em operação em Gaza após 9 meses de sequestro e intensificação de bombardeios.

O resgate de dois reféns sequestrados no ataque terrorista de 7 de outubro foi anunciado por Israel. Os reféns, Fernando Simon Marman, 60, e Louis Har, 70, estavam em Rafah, aguardando a incursão terrestre das tropas israelenses. Segundo o ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas, o novo round de ataques resultou em pelo menos 67 mortes do lado palestino, no entanto, esse número não foi verificado por fontes independentes.

A operação de resgate foi acompanhada por bombardeios que forneceram cobertura para a operação e resultaram em tiroteios com terroristas do Hamas. Os reféns, que possuem dupla nacionalidade argentina e israelense, foram levados do Kibutz Nir Yitzhak, próximo à fronteira com Gaza. Eles foram encontrados no segundo andar de um prédio no coração de Rafah e levados para Tel-Aviv para avaliação médica.

Ao saber do resgate, a presidência da Argentina agradeceu às Forças de Defesa de Israel. O presidente israelense, Binyamin Netanyahu, também cumprimentou as forças israelenses e os reféns, demonstrando sua satisfação com a ação ousada que resultou na libertação dos reféns.

No entanto, Netanyahu está sob pressão dos familiares dos reféns para que eles sejam libertados, pois, dos 240 sequestrados pelo Hamas durante o cessar-fogo de uma semana em novembro do ano passado, apenas 100 retornaram para casa. A inteligência de Israel concluiu que pelo menos 30 morreram.

Enquanto isso, tentativas de mediação de novos acordos de troca de reféns por prisioneiros palestinos estão sendo realizadas por Catar, Egito e Estados Unidos. No entanto, uma contraproposta do Hamas que previa uma trégua e a libertação de reféns israelenses foi rejeitada publicamente por Netanyahu.

Com o objetivo declarado de “aniquilar” o Hamas, Israel resiste ao apelo internacional por um cessar-fogo na Faixa de Gaza, argumentando que isso permitiria que o grupo terrorista se reorganizasse. Os próximos focos de combate devem ser em Rafah, na fronteira com o Egito, onde mais de um milhão de palestinos foram deslocados.

A crescente tensão resultou em conversas entre Biden e Netanyahu, em que o presidente dos Estados Unidos enfatizou a necessidade de um plano “crível e viável” para garantir a segurança dos deslocados em Rafah. No entanto, o Egito resiste à pressão de abrir a fronteira, temendo a instabilidade no Sinai e ameaçando romper o acordo de paz de 1979 com Israel.

A iminente operação em Rafah elevou a tensão entre Israel e o Egito, com ambos os lados tentando encontrar uma solução para garantir a segurança dos civis deslocados. No entanto, o desenrolar desse impasse continua a despertar preocupações quanto ao desfecho da situação na região.

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