De acordo com os relatos, a população local e egressos do sistema prisional estão sendo alvo de abordagens truculentas e violentas, além de execuções e torturas. A deputada Mônica Seixas destacou que a sociedade e os territórios periféricos estão assustados com a situação, descrevendo a ação policial como um estado de exceção, onde a força policial age sem o devido processo legal, mandado judicial ou chance à ampla defesa.
A atual fase da Operação Escudo da polícia de São Paulo foi lançada como resposta à morte do policial militar da Rota Samuel Wesley Cosmo, em Santos, no último dia 2. Até o momento, 18 civis foram mortos em supostos confrontos com a polícia.
Segundo relatos, os policiais estariam ameaçando jovens usuários de drogas e aviõezinhos, prometendo vingar a morte do policial e deixar filhos sem pais, como ocorreu do outro lado. A deputada Mônica Seixas descreve a situação como uma operação de vingança e barbárie, com relatos absurdos de violência e tortura.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) foi procurada para comentar as denúncias, mas ainda não se manifestou. Em nota enviada no sábado (10), a pasta informou que todos os casos estão sendo apurados e que, desde o início do ano, foram registradas seis mortes de policiais.
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, também manifestou preocupação em relação à atuação da polícia na Baixada Santista, citando relatos recebidos pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos sobre graves violações de direitos humanos durante a chamada Operação Escudo.
Além disso, a prefeitura de São Vicente, na Baixada Santista, cancelou o carnaval de rua na cidade devido à falta de segurança. Os eventos da região foram afetados pela situação, preocupando tanto moradores quanto autoridades. A operação da polícia tem gerado grande controvérsia e levantou questionamentos sobre o uso da força policial e a proteção dos direitos humanos. A preocupação com a violência e os abusos relatados coloca em evidência a urgência de ações para garantir a segurança e o respeito aos direitos dos cidadãos na região da Baixada Santista.