Um grupo de amigos do analista de redes sociais Pedro Feijó, de 33 anos, decidiu aderir à moda das fantasias baseadas no jogo do bicho. Cada um dos amigos escolheu um animal da cartela do jogo, sem se importar em repetir animais. A ideia era uma fantasia coletiva, e Feijó optou por se vestir como o barão de Drummond, empresário que criou a loteria informal no fim do século 19, no antigo zoológico do Rio de Janeiro.
A editora Lara Freitas, integrante do grupo de amigos, escolheu o veado como fantasia e fez os chifres em casa, utilizando papel cartão, arame e guache, para fazer referência ao duplo significado do veado. Outra foliã, Luiza Lourenço, de 34 anos, participou de um jogo das bichas, onde ela se fantasiou de leão.
Em São Paulo, a publicitária de 27 anos Giulia Pallone inventou moda antes mesmo do lançamento da série “Vale o Escrito”. No Carnaval do ano passado, ela criou uma cartela gigante do jogo do bicho com os 25 animais e seus respectivos números, e pretende repetir a fantasia este ano.
Já o carioca João Pedro Bonifácio, de 29 anos, brinca o Carnaval em São Paulo e se vestiu como um contraventor, fazendo par com uma amiga que estava fantasiada de talão do jogo do bicho. Para ele, a fantasia é uma forma de trazer ironia para as ruas. As fantasias baseadas no jogo do bicho têm ganhado destaque nos blocos de Carnaval, servindo como uma forma de expressão e diversão para os foliões durante a festividade.