Com um repertório pop inspirado nas baladas paulistanas, o Agrada Gregos atraiu um público de 500 mil pessoas no desfile do ano passado em frente ao parque Ibirapuera, a maioria composta por jovens, que é justamente o público-alvo da rede social TikTok. Além de batizar o bloco, o TikTok teve participação na escolha das atrações musicais e irá transmitir o desfile ao vivo em sua plataforma.
O aumento dos custos do Carnaval fez com que muitos blocos tradicionais fossem cancelados, pois enfrentaram dificuldades em fechar suas contas. Por outro lado, a gestão do prefeito Ricardo Nunes confirmou 536 desfiles neste ano, evidenciando a importância do evento tanto para a cultura popular como para a economia da cidade.
Além do TikTok, outras marcas têm investido no Carnaval de rua de São Paulo, como é o caso do iFood em 2019, que lançou a tática de distribuição de brindes para proteger do sol, como viseiras e bonés. O sucesso da estratégia fez com que outras marcas, como o aplicativo Kwai e a Hering, também aderissem a distribuição de acessórios para a cabeça durante as festividades.
Para alguns, essas estratégias podem ser consideradas uma distorção da espontaneidade do Carnaval de rua, transformando-o em um fenômeno político e econômico em vez de um evento cultural. No entanto, os foliões parecem apreciar a oferta de brindes, considerando-as como um benefício adicional durante a festa.
Dessa forma, o Carnaval de rua de São Paulo continua a evoluir não apenas como uma expressão cultural, mas também como uma plataforma de publicidade e marketing, onde marcas têm a oportunidade de se conectar diretamente com um público diversificado.