Empresas têm tentado reprimir essa prática, sendo que a pena prevista para atentado ao pudor vai de três meses a um ano de reclusão ou multa. Em locais como estações e shoppings, onde essa prática ocorre com mais frequência, guardas e faxineiros se tornaram barreiras treinadas para conter os praticantes e chamar a polícia.
Apesar da pandemia ter gerado expectativas de que essa atividade seria condenada, os praticantes passaram a usar estratégias mais ousadas, organizando-se em redes sociais para ocupar os banheiros públicos. Esses grupos mapeiam os banheiros públicos, analisando critérios como limpeza, tamanho e posição dos mictórios, onde as cenas de sexo costumam acontecer.
Os territórios aprovados são invadidos em grupos, e em caso de flagrante, os praticantes tentam subornar os funcionários locais para que a situação seja relevada. Além disso, os praticantes estabelecem regras para evitar expor menores, incomodar heterossexuais e evitar lavar as mãos excessivamente para disfarçar a permanência no local.
Essa prática é explicada pelo sexólogo Jairo Bouer como um estímulo erótico provocado pela exposição e perigo, sendo um comportamento comum em algumas pessoas. Os banheiros favoritos pelos praticantes são apelidados para dificultar a identificação por estranhos, e a CPTM, responsável pelas estações mais famosas, afirma que suas equipes realizam rondas visando coibir essas práticas.
Além das estações, shoppings e supermercados também podem ser alvos desse tipo de prática, o que traz riscos para os praticantes, como roubo e furto, e exposição de seus rostos em vídeos publicados em páginas especializadas. Vítimas podem recorrer ao Judiciário para pedir o banimento dos usuários dessas páginas por violar sua privacidade.