A concentração para a saída do Olodum iniciou por volta das 15h em frente à sede do bloco, reunindo milhares de foliões e turistas que foram conferir a batida do samba-reggae, uma das células da música de Carnaval da Bahia.
O tema do desfile deste ano é “Wodaabe: O Povo do Sorriso – Uma História de Beleza e Diversidade”, explorando o protagonismo feminino do povo nômade africano. O presidente da Fundação Palmares e um dos fundadores do Olodum, João Jorge Rodrigues, celebrou o primeiro dia de Carnaval e lembrou o marco dos 50 anos dos blocos afro na Bahia, desde a fundação do Ilê Aiyê em 1974.
Rodrigues ressaltou a importância da luta contra o racismo na Bahia e a resistência cultural como exemplo para todo o Brasil. Ele afirmou que ainda há muito a avançar no enfrentamento ao racismo estrutural e institucional, mas destacou as conquistas dos últimos 50 anos a partir da luta de homens e mulheres engajados na causa da igualdade racial.
Pela primeira vez em muitos anos, o Olodum conseguiu um patrocínio privado em parceria com uma rede de supermercados, além de recursos da Prefeitura de Salvador e do governo do estado. Nas ruas do Pelourinho, o Olodum encantou o público com alguns de seus maiores sucessos, acompanhados pela percussão e acrobacias dos músicos da banda.
A apresentação contou com a presença de artistas, representantes do setor cultural e autoridades, incluindo o governador Jerônimo Rodrigues, que destacou a importância de dinamizar a vida no Pelourinho e a necessidade de olhar para as pessoas que moram na região.
O bloco voltará à avenida no domingo (11) e na terça-feira (13) em diferentes circuitos da cidade, contando com a presença do cantor Narcizinho, que retornou após três anos, se juntando a Lucas di Fiori e Lazinho.
O desfile do Olodum é uma das maiores atrações do Carnaval de Salvador, promovendo a cultura afro-brasileira e a celebração da diversidade.
