Jovem desarmado é baleado à queima-roupa por policial militar na periferia de São Vicente, desencadeando onda de violência na Baixada Santista.

Na tarde desta sexta-feira (9), um homem, sem qualquer arma, foi baleado à queima-roupa por um policial militar na rua Primavera, no parque Bitaru, na periferia de São Vicente, na Baixada Santista. O caso chocante e chama a atenção para a violência policial na região.

Segundo relatos do pai da vítima, que tem 27 anos, ambos estavam trabalhando quando os policiais chegaram. A recusa em colocar as mãos na cabeça teria motivado uma discussão que acabou em tiros e agressões. O homem foi atingido por dois tiros, um na perna e outro na lateral do tórax, atingindo o pulmão. Ele permanece na UTI de um hospital da região.

Vídeos gravados por testemunhas mostram a ação e demonstram a indignação das pessoas presentes, que chamam a ação policial de covarde. No contexto, uma pessoa chega a questionar os policiais sobre a busca pelo culpado pela morte de um policial.

A Baixada Santista tem vivido uma onda de violência desde a morte de um soldado da Rota em Santos no início de fevereiro. O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, tomou medidas para tentar conter a violência, transferindo a cúpula da pasta para Santos e reforçando o policiamento com agentes da capital e da Grande São Paulo.

Em meio a esse cenário tenso, o comandante da PM colocou toda a tropa de sobreaviso, o que não significa um aquartelamento, mas pode resultar em revistas extraordinárias a critério do comandante. As folgas devem ser obrigatoriamente gozadas nas residências ou então os policiais devem ficar em condições de acionamento, se necessário.

Além disso, foi declarado o encerramento da Operação Escudo e o início da Operação Verão para conter a onda de violência na região. Desde essas medidas, diversos policiais militares morreram, e a situação se tornou ainda mais grave com 14 pessoas mortas em confrontos com policiais militares, incluindo dois adolescentes.

A transferência e reforço policial na região não tem sido suficiente para aplacar a violência, que continua sendo motivo de preocupação para a população local. As autoridades estão em alerta e buscam soluções para conter a onda de violência que tem assolado a Baixada Santista. Evidentemente, é necessário que medidas sejam tomadas para evitar novas mortes e conflitos.

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