Em Frankfurt, o DAX fechou em queda de 0,22%, a 16.926,10 pontos, mesmo após a confirmação de que a taxa anual do índice de preços ao consumidor (CPI) da Alemanha desacelerou significativamente em janeiro, chegando a 2,9%. Este evento manteve as bolsas europeias oscilando próximas à estabilidade, antes de firmarem viés negativo.
Dirigente do BCE, François Villeroy de Galhau projetou que o banco provavelmente cortará as taxas de juros neste ano, considerando o progresso no combate à inflação. Já o dirigente Martins Kazaks admitiu a possibilidade de redução das taxas neste ano, mas alertou que ainda é cedo para atender a precificação do mercado no primeiro trimestre.
No Reino Unido, o dirigente do BoE Jonathan Haskel reiterou que busca mais sinais de que os riscos de inflação estão diminuindo antes de mudar sua postura a favor de mais aperto monetário. Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 0,31%, a 7.571,98 pontos.
No setor bancário, o BCE sinalizou aos bancos da zona do euro que eles podem enfrentar requisitos de capital mais elevados, caso não tenham controle suficiente sobre riscos relacionados ao setor imobiliário comercial. Esses avisos fazem parte das crescentes preocupações com riscos de contágio, após alguns bancos reportarem fortes perdas associadas ao setor imobiliário comercial.
Em relação às outras praças europeias, o índice IBEX 35 recuou 0,09%, a 9.896,60 pontos, em Madri. Por outro lado, o FTSEMIB fechou em alta de 0,30%, a 31.156,06 pontos, em Milão, enquanto o PSI20 subiu 0,28%, a 6.129,95 pontos, em Lisboa.
A ação da Hérmes saltou 4,80% em Paris, depois que a empresa de artigos de luxo superou projeções de lucro e receita em balanço divulgado nesta sexta. O índice CAC fechou em queda de 0,22%, a 7.649,07 pontos.
Essas são as movimentações observadas nas bolsas europeias nesta sexta-feira, com investidores atentos aos dados de inflação, pronunciamentos de dirigentes de bancos centrais e movimentações no setor financeiro. Ainda que as bolsas tenham fechado de forma mista, as incertezas em relação aos cortes de juros e as preocupações com riscos no setor imobiliário comercial foram temas recorrentes nas negociações do dia.
