Desmatamento na Amazônia e no Cerrado tem queda em janeiro, apontam dados do Inpe

Os alertas de desmatamento tiveram uma significativa queda em janeiro deste ano, tanto na região da Amazônia, que já vinha apresentando uma tendência de redução, como no bioma do cerrado, que vinha registrando recordes mensais de desmate nos últimos quatro meses consecutivos. Os dados são provenientes do sistema Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e foram divulgados nesta última sexta-feira (9).

De acordo com os dados, a região amazônica apresentou uma perda de 118,8 km² de vegetação nativa em janeiro, representando uma queda de 29% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o índice foi de 166,5 km².

Já no cerrado, foram registrados 295,9 km² de desmate, o que representa uma redução de 33% em relação a janeiro de 2023, quando o índice alcançou 440,5 km². Este é o primeiro mês em que os números no bioma apresentam melhora em comparação ao mesmo período do ano anterior, desde julho de 2023.

Além disso, os índices também demonstraram melhora na comparação com o mês de dezembro, com uma queda de 32% na amazônia e 35% no cerrado.

O início do ano é tipicamente marcado por uma melhora nos números de desmatamento, pois a temporada de chuvas nessas regiões dificulta a derrubada da mata. Além disso, a maior presença de nuvens também dificulta a captura de imagens pelos satélites que alimentam o Deter.

O sistema Deter tem como objetivo mapear e emitir alertas de desmate, orientando assim as ações do Ibama e outros órgãos de fiscalização. No entanto, é importante ressaltar que os resultados representam um alerta precoce, e que os números oficiais são gerados pelo sistema Prodes, do Inpe, que é mais preciso e divulgado anualmente.

Em novembro, os dados do Prodes apontaram que, de agosto de 2022 a julho de 2023, foram perdidos 9.001 km² de floresta amazônica, representando uma redução de 22,3% em comparação com o período anterior. Já no mesmo período, o cerrado perdeu 11.011,6 km² de vegetação nativa, o que representou um aumento de 3%.

Portanto, mesmo com a melhora nos índices de desmatamento em janeiro, é necessário aguardar os números oficiais do Prodes para uma análise mais precisa da situação do desmatamento nessas regiões.

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