Se não fosse essa redução nas passagens aéreas, a inflação de serviços teria atingido a marca de 0,45% em janeiro. Além disso, a queda nas passagens aéreas também influenciou os resultados gerais do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês, que teria sido de 0,57% se esse fator fosse excluído, conforme estimativa do instituto.
Apesar da redução nas passagens aéreas, outros setores apresentaram variações significativas. Por exemplo, houve um aumento sazonal de 0,55% nos preços de hospedagem, ao passo que os serviços de transporte por aplicativo registraram uma queda de 10,19%.
De acordo com Almeida, a melhora no emprego e o aumento da renda das famílias podem levar a um crescimento na demanda por serviços, mas é essencial aguardar os próximos resultados para confirmar essa tendência.
No que diz respeito aos preços de itens monitorados pelo governo, a alta foi de 0,31% em dezembro para 0,19% em janeiro. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação de serviços caiu de 6,22% em dezembro para 5,62% em janeiro. Enquanto isso, a inflação de itens monitorados também apresentou uma redução, passando de 9,12% para 8,56% no mesmo período. O IPCA em 12 meses ficou em 4,51% em janeiro.
Apesar da desaceleração observada na inflação de serviços, Almeida ressaltou que esse indicador ainda está acima do índice geral, embora desde meados de 2022 tenha sido possível observar uma tendência de desaceleração no setor de serviços. A expectativa agora é aguardar os próximos resultados e acompanhar de perto se as melhoras no emprego e na renda das famílias de fato impulsionarão a demanda por serviços nos próximos meses.
