Ex-marido de galerista americano é apontado como mandante do crime no Rio de Janeiro pelo suspeito cubano.

Cubano confessa assassinato de galerista americano no Rio de Janeiro e aponta ex-marido da vítima como mandante
Por: [Nome do jornalista]

Alejandro Triana Prevez, de 30 anos, que inicialmente negou seu envolvimento no assassinato do galerista americano Brent Sikkema, mudou sua versão em um segundo depoimento à polícia na semana passada e confessou o crime, apontando o ex-marido da vítima, Daniel Sikkema, como o mandante.

Segundo o cubano, Daniel teria prometido pagar US$ 200 mil (cerca de R$ 1 milhão) pela morte do galerista e até mesmo fez remessas de dinheiro por meio de uma empresa de transferências financeiras internacionais. Prevez alega que Daniel enviou uma cópia da chave da casa onde Brent morava no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, por meio de uma empresa de logística, revelando os nomes das empresas à polícia.

O suspeito prestou depoimento acompanhado por seus advogados no Complexo Penitenciário de Bangu, onde está preso. De acordo com o relato de Prevez à polícia, Daniel teria alegado que o galerista gastava dinheiro com drogas, festas e garotos de programa, além de temer que um novo relacionamento de Brent pudesse prejudicar a divisão dos bens após a separação.

Após a mudança no depoimento, a promotoria do Rio solicitou o declínio da competência para o Tribunal do Júri. Brent Sikkema era coproprietário da galeria Sikkema Jenkins & Co, no Chelsea, e um dos nomes mais celebrados da cena artística mundial, além de ser marchand do artista Jeffrey Gibson, que representa os Estados Unidos na próxima Bienal de Veneza.

A polícia reconstituiu o crime a partir de imagens do pedágio da rodovia Presidente Dutra, que mostraram o suspeito vindo de São Paulo para cometer o assassinato e retornando logo depois. Ele utilizou um Fiat Palio prata para chegar à residência da vítima e entrou na casa com uma chave micha, instrumento capaz de abrir fechaduras.

O veículo foi localizado e a polícia de São Paulo encontrou o filho da proprietária, que revelou que o carro estava sendo utilizado por Prevez. O suspeito foi preso em Minas Gerais e, segundo a polícia, planejava fugir para a Bolívia.

O caso segue em investigação e aguarda o desenrolar do processo judicial para que todos os envolvidos sejam responsabilizados pelo assassinato de Brent Sikkema.

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