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Assembleia do Rio de Janeiro suspende afastamento de deputada investigada por ligação com maior milícia do estado.

Na quinta-feira, 8 de dezembro, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro tomou uma decisão polêmica ao suspender o afastamento da deputada estadual Lucinha (PSD-RJ), que havia sido determinado pelo Tribunal de Justiça. Lucinha é investigada sob suspeita de atuar como um braço político da maior milícia do estado.

A decisão, aprovada por 52 votos a 12, autoriza o retorno de Lucinha ao cargo e abre um processo contra ela no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. Essa medida pode, eventualmente, levar à cassação do mandato da deputada.

A deputada foi afastada por decisão do desembargador Benedicto Abicair, do Órgão Especial do TJ-RJ, após requerimento do Ministério Público estadual. Segundo as investigações da Polícia Federal, Lucinha atuava em favor do grupo criminoso comandado por Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Rodrigo Amorim, defendeu a decisão afirmando que a Assembleia estava mantendo sua prerrogativa e tomando a medida mais dura contra um parlamentar em sua história. Ele fez questão de ressaltar que o processo ético-disciplinar pode cassar o mandato da deputada, independente da decisão judicial.

No entanto, a decisão da Assembleia foi alvo de polêmica, já que a Comissão rejeitou uma proposta de vários deputados que mantinha a suspensão por três meses para prosseguimento das investigações. Para o deputado Carlos Minc, “não cabe a ninguém tirar casquinha em cima de ninguém” e a suspeita sobre Lucinha foi considerada grave.

A deputada é mencionada em investigações a partir da quebra de sigilo de Domício Barbosa de Sousa, acusado de integrar a milícia “bonde do Zinho”. Ela é suspeita de ter repassado informações privilegiadas aos milicianos, bem como de ter atuado em favor deles em diversas situações.

Portanto, a suspensão do afastamento da deputada estadual Lucinha (PSD-RJ) gerou controvérsias, revelando a complexidade das relações entre a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e as investigações sobre envolvimento político com grupos criminosos no estado. A decisão levanta dúvidas sobre o papel das instituições e ressalta a necessidade de investigações rigorosas para combater esse tipo de crime.

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