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SÃO PAULO – “Reclusos ganham medalhas na Olimpíada de Matemática nas Escolas Públicas e mostram progresso na ressocialização”

Na 18º edição da Olimpíada Brasileira de Matemática nas Escolas Públicas (OBMEP), presos do sistema prisional paulista se destacaram, demonstrando talento e dedicação aos estudos. A competição, promovida com o intuito de incentivar o estudo da Matemática, premiará 13 internos de oito estabelecimentos penais do Estado.

Em destaque, a Penitenciária ‘Cabo PM Marcelo Pires da Silva’, de Itaí, será reconhecida mais uma vez por sua excelência acadêmica, conquistando duas medalhas de prata – uma delas obtida por um preso argentino e outra por um paraguaio – e uma menção honrosa, conquistada por um detento português.

Além disso, presos dos presídios de Reginópolis também receberão menções honrosas pelo desempenho na prova. Ao todo, seis internos da Penitenciária I ‘Tenente PM José Alfredo Cintra Borin’ e um da Penitenciária II ‘Sgto. PM Antonio Luiz de Sousa’ serão reconhecidos, juntamente com custodiados em outras penitenciárias do Estado.

O diretor da Penitenciária de Itaí, Fernando Renesto, ressaltou a importância desses resultados para os presos, destacando que eles auxiliam no resgate da autoestima e autoconfiança, além de motivar os reclusos a acreditarem em uma mudança de vida real e no retorno à sociedade e ao mercado de trabalho.

Com as novas medalhas, a unidade prisional de Itaí contabiliza um total de cinco insígnias, demonstrando a constante evolução dos presos na área da Matemática. A data da premiação deste ano ainda será agendada pela organização do torneio.

Esses resultados positivos são frutos do incentivo e apoio das secretarias de estado da Administração Penitenciária (SAP) e da Educação (Seduc), que têm promovido a participação dos reeducandos na OBMEP desde 2012, quando a competição passou a ser aplicada nas unidades penais do Estado. Além disso, os presos têm a oportunidade de concluir seus estudos e participar de cursos de línguas, contribuindo para sua formação acadêmica e para a preparação do retorno à sociedade após o cumprimento da pena.

Em resumo, a participação ativa dos presos na Olimpíada Brasileira de Matemática nas Escolas Públicas reflete o compromisso do sistema prisional paulista em promover a reinserção social e a educação como ferramentas de transformação e crescimento para os indivíduos privados de liberdade. Quem poderia imaginar que os presos de alta complexidade estariam entre os melhores matemáticos do Brasil? Este é um exemplo de superação e resiliência que merece destaque e reconhecimento.

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