Francesco Matarazzo: 86 anos após a morte, o legado do magnata italiano ainda resiste com força no Brasil.

Francesco Matarazzo: o legado de um magnata resiste ao tempo

Com oitenta e seis anos desde a sua morte, Francesco Matarazzo ainda é um nome que ecoa vigoroso por todo o Brasil. Trinta anos após o colapso de seu grupo empresarial, seu poderio industrial é inesquecível e representa um marco na história do país. Conhecido por sua riqueza e diversidade de empreendimentos, Matarazzo deixou um legado que se mantém vivo na memória dos brasileiros.

Nascido em Castellabate, na Itália, Matarazzo foi um exemplo do homem que se fez por si mesmo, partindo praticamente do zero no Brasil. Chegou em 1881 com um carregamento de 20 toneladas de banha de porco, mas perdeu a carga no naufrágio da Baía da Guanabara. Com o pouco dinheiro que lhe restou, começou a trabalhar como mascate e, aos poucos, construiu um império industrial.

Matarazzo fundou o Moinho Matarazzo, a Tecelagem Mariângela e as Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (IRFM), formando um conglomerado que se tornou o maior do país. Com cerca de 6% da população paulistana empregada em suas empresas e um total de 200 fábricas e 30 mil funcionários, Matarazzo acumulou uma fortuna estimada em 20 bilhões de dólares, tornando-se um dos homens mais ricos do mundo.

Após a morte de Matarazzo, em 1937, seu legado continuou presente na paisagem urbana de São Paulo. Grandes fábricas e vilas operárias do grupo ainda estão espalhadas pela cidade, como o Moinho Matarazzo, a Tecelagem Mariângela e a Casa das Caldeiras. Além disso, o Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo, e a recém-criada Cidade Matarazzo, um complexo urbanístico na Rua Itapeva, são testemunhos tangíveis da vitalidade da marca.

A influência de Matarazzo e seu nome ainda marcam a história e a paisagem de São Paulo. Seu legado continua a inspirar e a fascinar gerações, demonstrando a força e a importância do magnata italiano na história do Brasil.

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