A decisão de demissão foi baseada no relatório final da Comissão de Processo Disciplinar a que Weintraub foi submetido e no parecer da consultoria jurídica da CGU. Além da demissão, a decisão também inclui o impedimento de Weintraub de ocupar cargos efetivos ou em funções de confiança no governo federal pelo período de oito anos.
Weintraub, que também é professor do curso de ciências contábeis da Unifesp, teve uma gestão conturbada no Ministério da Educação, marcada por cortes no orçamento e ataques às universidades federais. Ele acusou as instituições de ensino de promoverem “balbúrdia” e disse que elas tinham plantações de maconha, sem apresentar provas.
Após ser demitido do Ministério da Educação em junho de 2020 por insultar ministros do Supremo Tribunal Federal, Weintraub assumiu um cargo no Banco Mundial nos Estados Unidos, afastando-se da universidade até outubro de 2022. Porém, segundo a Unifesp, após essa data em que deveria ter retornado ao cargo de professor, Weintraub solicitou férias, que vigoraram até 1º de novembro de 2022, mas não compareceu à universidade. Mesmo assim, continuou a receber salários integrais.
O escritório Hadano Tanaka Advogados, que representa Weintraub, alega ter protocolado pedidos de licença em dezembro de 2022, mas estes foram negados. A defesa de Weintraub também entrou com uma ação judicial contra a reitoria da Unifesp, alegando perseguições e ameaças ao ex-ministro da Educação e à sua família.
Essa ação judicial visa resguardar a integridade física e mental do cliente pelos meios administrativos e judiciais cabíveis, de acordo com a defesa. A Folha de São Paulo solicitou os documentos dos pedidos de licença, mas o escritório de advocacia não os apresentou. A situação ainda está em curso e novos desdobramentos podem ocorrer.