Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ouvidor da polícia alerta para respostas “acaloradas com tons de vingança” após mortes em operação na Baixada Santista.

O ouvidor da Polícia de São Paulo, Cláudio Silva, emitiu um alerta sobre as recentes ações policiais ocorridas na Baixada Santista, no litoral paulista, que resultaram em sete mortes. Segundo Silva, respostas acaloradas com tons de vingança não contribuem para a sensação de aumento de segurança.

De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP), sete mortes ocorreram como resultado de ações da Polícia Militar na região durante um período de três dias. Em uma das ocorrências, na Vila dos Criadores em Santos, três pessoas foram mortas, enquanto as outras mortes foram resultado de confrontos com a polícia.

O ouvidor afirmou que estará acompanhando de perto todas as mortes decorrentes de intervenção policial, garantindo que elas serão alvo de procedimentos de ouvidoria e acompanhadas em todo o processo. Ele também enfatizou a importância de que as ações policiais aconteçam dentro da legalidade e com profissionalismo, evitando respostas acaloradas que possam causar a sensação de aumento de insegurança na população.

A Operação Escudo, a qual resultou nas sete mortes, foi lançada como resposta à morte do policial militar Samuel Wesley Cosmo, em Santos. Essa operação já havia sido implantada em outras partes do estado como reação a ataques a policiais, que visam “restabelecer a ordem e sensação de segurança da população”, de acordo com a SSP.

Essas ações da Polícia Militar na Baixada Santista causaram uma preocupação, já que as mortes causadas por ação da corporação mais do que dobraram em 2023 em comparação com o ano anterior. Em 2023, 72 pessoas foram mortas por policiais militares na região, em contraste com as 34 mortes causadas em 2022.

A morte do policial foi lamentada pela ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, que prestou suas condolências aos familiares e amigos de Samuel Wesley Cosmo, morto durante uma operação na comunidade do Mangue Seco.

Dessa forma, a situação na Baixada Santista gerou uma série de questionamentos e preocupações em relação às ações da polícia na região e levantou debates sobre a eficácia e legalidade dessas operações, bem como sobre a necessidade de medidas que busquem garantir a segurança da população sem escaladas de violência.

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