Os cientistas atribuem a gravidade do desastre às temperaturas cada vez mais altas, impulsionadas principalmente pela mudança climática e pelo fenômeno El Niño, que causou temperaturas anormalmente quentes ao largo da costa do Pacífico da América do Sul e afetou os padrões climáticos globais.
O climatologista Raul Cordero explicou que, embora os ventos fortes sejam comuns no centro do Chile durante o verão, o que diferenciou a situação atual foi a combinação de temperaturas mais altas do que o normal e uma seca devastadora que atinge o país nos últimos 15 anos. A seca criou uma massa de vegetação que secou rapidamente devido às altas temperaturas, facilitando a propagação do fogo.
Além disso, a mudança climática está tornando eventos climáticos extremos mais frequentes e severos, o que torna tragédias como os incêndios da semana passada mais comuns. Sem a influência do El Niño ou do aquecimento global, é improvável que a região tivesse enfrentado incêndios florestais tão mortais.
O fenômeno também está ocorrendo nos Andes argentinos, onde o Parque Nacional Nahuel Huapi, na região da Patagônia, também foi atingido por incêndios florestais, resultando na queima de milhares de hectares.
Diante desse cenário, é fundamental que medidas de prevenção e combate a incêndios sejam tomadas, juntamente com políticas e ações para lidar com as consequências da mudança climática. A tragédia no Chile serve como um alerta para a urgência de se tomar medidas em relação ao aquecimento global e suas consequências devastadoras.