Repórter São Paulo – SP – Brasil

Boletim Focus revela estabilidade nas projeções econômicas para 2024: PIB, dólar, inflação e taxa de juros permanecem inalterados.

A mais recente edição do Boletim Focus, divulgada nesta terça-feira (6) em Brasília, revelou que as previsões do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos em 2024 permaneceram estáveis. A pesquisa, que é realizada semanalmente pelo Banco Central (BC) e envolve a participação de economistas, apresentou dados animadores para a economia brasileira nos próximos anos.

De acordo com o Boletim, a expectativa de crescimento da economia para este ano permaneceu em 1,6%. Para 2025, o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma dos bens e serviços produzidos no país, deve atingir 2%. Já para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta uma expansão do PIB em 2% para ambos os anos.

Os dados do terceiro trimestre do ano passado mostraram que a economia brasileira superou as projeções, com um crescimento de 0,1% em comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de janeiro a setembro, a alta foi de 3,2%. Com isso, o PIB atingiu o maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível pré-pandemia registrado nos últimos três meses de 2019. Os dados do último trimestre de 2023, que consolidarão o desempenho do ano, serão divulgados pelo IBGE em 1º de março.

Em relação à cotação do dólar, a previsão para o fechamento deste ano está em R$ 4,92. Para o fim de 2025, a projeção é que a moeda americana atinja R$ 5.

Em relação à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país, manteve a estimativa de 3,81% para este ano, de acordo com o Boletim Focus. Para 2025, a expectativa é de uma inflação de 3,5%. As metas de inflação para 2024, 2025 e 2026 estão dentro do intervalo definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Já a taxa básica de juros, a Selic, deve encerrar 2024 em 9% ao ano, de acordo com as projeções do mercado financeiro. Essa taxa é usada pelo Banco Central como principal instrumento para tentar controlar a inflação. A tendência é que, com juros mais altos, haja um desestímulo ao consumo, o que pode ajudar a conter a demanda e, consequentemente, a inflação. No entanto, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Diante desses números, o mercado financeiro demonstra confiança de que a economia brasileira seguirá se recuperando nos próximos anos, com um crescimento sólido e controlado da inflação.

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