Joyce foi uma figura importante na vida de Monteiro Lobato, colaborando com ideias para suas histórias, como o livro “A Reforma da Natureza”, que faz parte da coletânea “Sítio do Pica-Pau Amarelo”. Sua contribuição para a obra era evidente, com a sugestão de substituição das tetas das vacas por torneiras para possibilitar a extração higiênica do leite.
Além de seu envolvimento nas obras do avô, Joyce também se destacou em sua vida pessoal e profissional. Formada em arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, ela exerceu a profissão por alguns anos antes de se casar com o engenheiro e imigrante polonês Jorge Kornbluh, com quem teve uma filha.
Após a morte de sua mãe em 1977, Jorge Kornbluh tornou-se o representante oficial da família e, juntos, firmaram um contrato com a Globo para a produção do “Sítio do Pica-Pau Amarelo” para a televisão. Joyce desempenhou um papel ativo na produção, participando da leitura e aprovação das sinopses, discussões sobre personagens e figurinos, bem como entrevistas, visitas a escolas e doações de livros a partir dos anos 1980.
Mesmo após o falecimento de Joyce, seu legado continua vivo por meio de sua filha Cleo, que mantém a memória de Monteiro Lobato em um site e nas redes sociais. Além disso, Cleo realiza palestras virtuais gratuitas para escolas públicas no Brasil, seguindo o projeto Lobato nas Escolas.
Joyce era uma mulher dinâmica e apaixonada por viagens, tendo vivido na França por um ano e viajado regularmente pela Europa, além de visitar destinos como Creta, Machu Picchu, a península de Yucatán no México e o Egito, devido ao seu interesse em arqueologia.
Falecida em 28 de janeiro, em Americana, Joyce deixou um legado marcante e continua sendo lembrada por familiares, amigos e admiradores do trabalho de Monteiro Lobato. Sua energia incansável e suas contribuições para a preservação do legado de seu avô deixam um verdadeiro legado para as gerações futuras.
