Os militares destacam as diversas dificuldades envolvidas no envio de oficiais e praças para a região, salientando que o remanejamento será necessário devido ao plano de redução do efetivo do Exército até 2029.
Essa decisão foi tomada em meio à crise na Terra Indígena Yanomami, onde garimpeiros têm dominado a região, intensificando a crise humanitária que afeta os yanomamis, impactando o acesso a alimentos e aumentando os casos de malária.
Além do aumento do efetivo, o Exército planeja instalar dois destacamentos na Amazônia nos leitos dos rios Uraricoera e Mucajaí. A intenção é criar condições para facilitar o combate ao garimpo, aumentar o acesso aos serviços de saúde e garantir a distribuição de alimentos para os indígenas mesmo após o término da ação emergencial do governo.
Essas propostas foram apresentadas ao Ministério da Defesa e enviadas à Casa Civil. Ainda há a intenção de aumentar a frota de helicópteros para uso na Amazônia, apesar de dificuldades orçamentárias.
As imagens de satélite mostram como as águas dos rios na região ficaram mais escuras devido ao garimpo ilegal, que também contaminou os rios com mercúrio, impactando a saúde dos indígenas. A presença das Forças Armadas diminuiu, coincidindo com a retomada da exploração ilegal de ouro e cassiterita na região, o que gerou uma crise política e acusações acerca do enfraquecimento do combate ao garimpo.
O presidente Lula solicitou a concentração de esforços para combater o garimpo ilegal na região, reforçando o compromisso do governo em impedir o avanço dessas atividades ilegais. Em meio a essa crise, o Exército tem buscado formas de aumentar a presença militar na região e garantir o cumprimento dos objetivos estabelecidos pelo governo para a proteção da Terra Indígena Yanomami e de seus habitantes.