Aumento exponencial de casos de chikungunya preocupa autoridades em São Paulo

Os casos de chikungunya apresentaram um aumento considerável no início deste ano, especialmente no Estado de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, de janeiro de 2023 a janeiro de 2024, o número de casos confirmados aumentou de 30 para 249, marcando um aumento significativo de oito vezes em relação ao ano anterior. Embora não tenha havido óbitos durante esses períodos, existem duas mortes atualmente em investigação, o que levanta preocupações sobre a gravidade da situação.

A chikungunya é uma doença transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito responsável pela transmissão da dengue, zika e febre amarela urbana. A presença do mosquito em todos os municípios do Estado de São Paulo tem preocupado as autoridades de saúde, que têm apoiado as prefeituras em ações de controle do transmissor.

A cidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, registrou 115 casos confirmados de chikungunya em janeiro, provocando um alerta para epidemia da doença. O número de casos em um único mês equivale ao total registrado na cidade durante todo o ano de 2023, refletindo um aumento alarmante.

A coordenadora de Vigilância em Saúde, Andreia Negri, alertou para a gravidade da situação, destacando a necessidade de ações preventivas para evitar a proliferação do mosquito. A cidade também enfrenta um alto número de casos de dengue, elevando ainda mais a demanda por serviços de saúde.

Diante desse cenário preocupante, as medidas de combate ao mosquito estão sendo intensificadas, com ações de retirada de criadouros, nebulizações, bloqueios em áreas de risco, vistorias e orientações casa a casa. O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo está monitorando de perto os casos notificados e confirmados e auxiliando as ações de combate ao mosquito transmissor.

Em janeiro de 2024, foram notificados 14.958 casos prováveis de chikungunya em todo o Brasil, com três óbitos confirmados na região Nordeste. As regiões geográficas com maior incidência da doença são Sudeste, Centro Oeste e Norte, e alguns Estados como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Espírito Santo apresentam os maiores coeficientes de incidência.

Os sintomas da chikungunya são semelhantes aos da dengue, incluindo febre, dor de cabeça, mal-estar, dores pelo corpo e muita dor nas articulações. Embora não haja vacinas licenciadas para chikungunya, o Instituto Butantan solicitou o registro definitivo de uma vacina desenvolvida em parceria com a franco-austríaca Valneva.

Diante desse aumento preocupante de casos de chikungunya, é essencial que sejam tomadas medidas preventivas adequadas para controlar a propagação da doença. O combate ao Aedes aegypti e a conscientização da população sobre a importância da eliminação de criadouros do mosquito são essenciais para controlar a disseminação da chikungunya e proteger a saúde pública.

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