De acordo com o pastor, o sinal de coração de dorama estaria defendendo a androginia, e ele afirmou que os fiéis deveriam evitar fazer esse gesto. A pregação do pastor gerou repercussão nas redes sociais e em sites evangélicos, rendendo elogios de outros líderes religiosos, como a pastora Sarah Sheeva e o deputado Pastor Eurico. No entanto, houve também críticas, como a do pastor Elizeu Rodrigues, que aconselhou que não se deve proibir o que a Bíblia não proíbe.
Os posicionamentos a respeito dos doramas e do gesto em forma de coração têm gerado divergências entre os evangélicos, com líderes religiosos como Renato Vargens e Ticiana Chiara Bizarria expressando opiniões divergentes. Vargens enfatizou que não cabe ao pastor proibir os fiéis de assistir TV e que agir assim é impor um legalismo que não produz santificação. Já Bizarria, fiel da igreja A Ponte Natal, destacou que o pastor crítico aos doramas teria assuntos mais relevantes para abordar com os jovens. Ela enxerga os doramas como uma forma suave de abordar temas sérios, sem a explícita sexualização presente em outras produções audiovisuais.
Além disso, o debate sobre os doramas no meio evangélico também tem sido abordado pelo pastor André Valadão, da Batista Lagoinha. Ele já foi questionado se uma tia de um fiel da igreja “estaria errando aos olhos de Deus” por ser fã de uma série coreana de máfia. Valadão respondeu que cada um deveria cuidar de sua própria vida e não julgar as escolhas e preferências dos outros.
Diante disso, fica evidente que a popularidade dos doramas e o gesto de coração emulado pelos fãs desse gênero têm suscitado um debate acalorado entre os evangélicos, envolvendo questões como androginia, defraudação emocional e liberdade de escolha dos fiéis.