Espetáculos em Santo André e Ribeirão Pires sofrem com falta de programação e problemas estruturais em equipamentos públicos.

As agendas culturais nos finais de semana em Santo André e Ribeirão Pires são normalmente repletas de programação. No entanto, muitos têm questionado o que, de fato, é cumprido nos principais equipamentos públicos dessas cidades. A reclamação comum é de que os palcos públicos e os teatros municipais, considerados símbolos culturais, continuam sem peças em cartaz e com problemas estruturais.

Em Santo André, o Teatro Municipal está prestes a ser devolvido à população, completamente revitalizado e com previsão de reinauguração em abril de 2024. No entanto, há críticas vindas de pessoas que acompanham a cena artística na cidade. Segundo relatos, o teatro ficou fechado durante toda a pandemia, enquanto foi inaugurado o Cine Theatro Carlos Gomes na tentativa de atender aos grupos teatrais.

A reinauguração do Theatro Carlos Gomes, em abril de 2022, foi reprovada por parte dos artistas. A presidente do Conselho na cidade, Silvia Helena Passarelli, comentou que o espaço não é destinado ao teatro, mas sim a múltiplas atividades. Ela relata um episódio em que a Escola Livre de Teatro precisou fazer uma apresentação no local, junto com uma feira que acontecia no mesmo espaço.

Além disso, o Museu Dr. Octaviano Armando Gaiarsa está aguardando reformas devido a problemas na fundação do edifício, como buracos nos telhados, infiltração na fachada lateral e piso com ondulações nos corredores do pátio interno.

Para solucionar esses problemas estruturais, a Prefeitura de Santo André planeja investir R$ 17,6 milhões na reforma e modernização de espaços culturais, incluindo o Museu Dr. Octaviano Armando Gaiarsa, a Casa da Palavra Mário Quintana, as bibliotecas Cecília Meireles e Nair Lacerda, o Cine Lyra de Paranapiacaba e o Teatro Municipal Maestro Flavio Florence.

Já em Ribeirão Pires, os equipamentos públicos vinculados à Cultura também necessitam de revitalização, segundo pessoas que atuam na cena cultural da cidade. O Teatro Municipal Euclides Menato e o Anfiteatro Arquimedes Ribeiro apresentam problemas estruturais, como vazamentos no anfiteatro e falta de iluminação e acústica adequadas no teatro.

Além disso, a biblioteca municipal também precisa de atenção, pois está irregular e sem perspectiva para preservação do acervo. Outro ponto levantado é a necessidade de preservação do palco principal da Praça Central da cidade, que não recebe manutenções adequadas.

Após questionamentos, a Prefeitura de Ribeirão Pires não se manifestou até o fechamento desta reportagem. A situação dos equipamentos culturais nessas cidades ainda é motivo de preocupação para artistas, produtores e conselheiros, que esperam por melhorias e investimentos para garantir a qualidade e o acesso à cultura local.

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