Isabela Rangel alerta para sintomas como cansaço durante a amamentação, desconforto respiratório ao se esforçar, cianose (coloração arroxeada), infecções respiratórias recorrentes, dificuldade de ganhar peso e sudorese excessiva. Ela ressalta que, em alguns casos, a cardiopatia requer intervenção cirúrgica ainda na primeira infância, e que cerca de 30 mil novos casos ocorrem por ano no Brasil, com 80% necessitando de alguma forma de intervenção.
A médica também destaca a dificuldade no diagnóstico e tratamento da cardiopatia em crianças, ressaltando a necessidade de acompanhamento médico ao longo da vida. Ela aponta que o Brasil enfrenta desafios no atendimento a crianças com cardiopatia, devido à distribuição geográfica desigual dos centros de referência de cardiologia e cirurgia cardíaca, o que dificulta o acesso de pacientes a esses centros especializados.
Além disso, Isabela Rangel ressalta que a presença de cardiopatia congênita pode afetar não apenas a saúde cardíaca, mas também o crescimento, desenvolvimento motor, cognitivo e neurológico das crianças. Ela destaca a importância de uma equipe multidisciplinar para contribuir para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes.
O Projeto Pro Criança Cardíaca, fundado em 1996, já atendeu 15.531 pacientes e realizou 119 cirurgias de alta complexidade no ano passado. Além das cirurgias, o projeto oferece assistência social, disponibilizando cestas básicas, medicamentos, consultas e exames. As cirurgias são realizadas no Hospital Pediátrico Pro Criança Jutta Batista, administrado pela Rede D’Or.
Portanto, é fundamental que os pais estejam atentos aos sinais de alerta e busquem assistência médica caso suspeitem de doença cardíaca em seus filhos. A detecção precoce e o acompanhamento adequado podem fazer toda a diferença na vida das crianças e adolescentes com cardiopatia.
