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Bolsonaro promete que Rota matará 40 suspeitos na Baixada Santista após assassinato de soldado

Neste sábado (3), durante um encontro com apoiadores, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez declarações polêmicas sobre a atuação da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) na Baixada Santista, em resposta ao assassinato do soldado Samuel Wesley Cosmo durante um patrulhamento de rotina.

No encontro realizado em sua casa de praia na Vila Histórica de Mambucaba, distrito de Angra dos Reis (RJ), Bolsonaro atendeu a um telefonema de uma pessoa que ele identificou como sendo da Rota paulista. Na ligação, ele questionou se a Rota já havia começado a operar na Baixada e quantos suspeitos já haviam sido “operados”.

Após a ligação, Bolsonaro ironizou a situação e deixou claro que o termo “operar” se referia a “matar”. Ele afirmou: “Vão operar mais uns 40 lá, com certeza.”

A declaração se deu após o assassinato do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo em Santos, no litoral de São Paulo. Em resposta, batalhões do policiamento de Choque deixaram a capital rumo ao litoral, e uma nova Operação Escudo foi posta em ação pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo.

O ex-presidente também acionou assessores para providenciar transporte de helicóptero de Angra dos Reis para São Paulo, além de entrar em contato com a assessoria do governador Tarcísio de Freitas, de quem é aliado, para cancelar um compromisso de entrega de casas a vítimas das chuvas e comparecer ao velório e enterro do soldado. No entanto, Tarcísio manteve o compromisso e não compareceu ao enterro.

Bolsonaro compareceu ao enterro, acompanhado de Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação durante seu governo, mas não se manifestou para a imprensa.

Essas declarações e a presença do ex-presidente no enterro do soldado da Rota geraram repercussão em meio à violência policial e às ações da Rota na Baixada Santista. É importante considerar o impacto e as consequências dessas declarações e da presença de Bolsonaro nesse contexto.

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